quinta-feira, 9 de junho de 2011

Hashi's Oh! Os Hashis!

Hoje saiu no site do estadão uma materia bem legal sobre os complexo e ao mesmo tempo tão simplorio Hashi.
Qualquer amante da cultura e culinaria japonesa já esperimentou comer com os pauzinhos, porem nem todo mundo consegue manosear esses instrumentos com tanta destresa.
Por isso achei interessante repassar a materia pra vocês!
Segue ai, a materia do estadão. espero que façam UM OTIMO PROVEITO.
Até o proximo post, bye, bye!

"Vamos começar esta edição testando seus conhecimentos sobre a mesa japonesa (se você for nissei, sansei ou yonsei, pule direto para o próximo parágrafo). Onde foi que surgiu o hashi? Se respondeu Japão, errou. Os pauzinhos têm origem na China. E com quantos hashi se faz uma refeição? Se disse apenas um par, errou de novo. Há palitinhos apropriados para cada tipo de comida e para cada tamanho de boca: masculina, feminina ou infantil.




Você vai ler sobre a história dos hashi e conhecer todas as suas variações e usos. Por enquanto, tudo que tem de saber é que os hashi devem funcionar como um prolongamento dos dedos. Para manuseá-los, você precisa de um dedo opositor, capaz de fazer o movimento de pinça - como este da modelo que pegou o 'a' do logo do Paladar.



Mas se é simples assim, por que os ocidentais acham tão difícil comer com os palitinhos? Por pura falta de hábito. Não há nenhuma explicação genética para a destreza dos orientais no manuseio do hashi. Trata-se apenas de hábito adquirido. À base de muito treinamento. O exercício básico para crianças (e estrangeiros) no Japão consiste em transferir amendoins, ou favas e mais favas, de uma tigela para outra. Um por um, na ponta dos palitinhos.



O uso do hashi - ou o-hashi, como se diz em japonês - não é nenhum tipo de capricho. Seu fundamento é o de manter o sabor original da comida, fazendo com que o alimento toque direto a língua e o palato, sem interferência.



'Se você usar uma colher de metal para tomar um missoshiru, o gosto do talher vai afetar o sabor', diz Yoko Arimoto, especialista em culinária japonesa e autora do best-seller Simply Japanese.



O uso do hashi dá ainda elegância à mesa. 'Seu grande mérito é levar à boca a quantidade de comida ideal', diz Lumi Toyoda, outra especialista em etiqueta japonesa. A habilidade do sushimen em adaptar o tamanho do bolinho à mordida também conta.



No Japão, o hashi é tão cultuado que passou de um graveto curvo em forma de pinça a objeto de consumo - e até de luxo. Há incontáveis variações de material (madeira, bambu, prata, laca, plástico...), de design (extremidade quadrada, oval, redonda), de tamanho (23 cm, em média, para mesa e 35 cm para cozinha) e de ornamentos. Os preços? Vão de R$ 4 a R$ 40 mil (de laca). Existem artesãos dedicados apenas à fabricação de hashi e uma loja especializada no luxuoso bairro de Ginza, em Tóquio.



O país que sofisticou o apetrecho também se esmerou em conceber regras de etiqueta para manuseá-lo. São inúmeras e aprendidas exaustivamente em casa - e depois na escola e nos círculos sociais. 'Nós, que estamos no Brasil, não precisamos seguir todas, porque não é a nossa cultura', diz Lumi. 'Mas algumas são importantes mesmo aqui."

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