quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A Lenda de Son Goku!

Antes, MUITO antes de o mestre Akira Toryama nos transportar para o mundo de Son Goku, esse nome já era MUITO conhecido no Japão. De acordo com o Saiyúki (Relato da Jornada para o Oeste, ou Hsi Yu Chi em chinês), romance épico escrito na China no século 16, Son Goku era o rei dos macacos, dotado de enorme força, imortal e invulnerável. Também tinha a seu favor várias armas e artes mágicas, como o Nyoibô, um bastão que podia se esticar até o infinito e o Kintoun, a arte de voar montado em uma nuvem. Ainda, ele podia se transformar no que quisesse e podia criar mini-cópias suas a partir de seus pêlos.




Um dia, orgulhoso de sua enorme força, Goku tentou dominar o mundo dos deuses. Buda então propôs o seguinte: se Goku conseguisse ir até além de sua palma, receberia o domínio do Céu. Goku voou o mais longe possível com sua nuvem até chegar a um lugar com cinco montanhas, deixou sua marca lá e voltou para onde estava Buda. Este então mostrou um de seus dedos que estava com a marca de Goku. As tais montanhas nada mais eram que os dedos de Buda. Perdendo a aposta, Goku foi preso em um rochedo nas montanhas.

Quinhentos anos depois, ele foi salvo pelo monge Sanzô e junto com sua comitiva, formada pelo porco Cho Hakkai e pela criatura aquática (muitas vezes representada por um "kappa", um ente lendário) Sa Gojô, ele parte para a Índia a fim de receber o livro sagrado de Buda e se redimir. No meio do caminho, eles têm muitas aventuras enfrentando terríveis demônios e monstros, mas Goku sempre dava um jeito de derrotá-los com sua força e esperteza. No começo, Goku não obedecia às instruções de Sanzõ, mas este o enganou fazendo-o colocar um aro que apertava a cabeça do macaco ao ser entoada uma fórmula mágica, causando-lhe grande dor. Só assim Sanzõ conseguia manter Goku sob seu comando.



O Saiyúki inspirou muitos animês e mangás. Em 1952, Osamu Tezuka escreveu Boku no Son Goku, recontando a história de forma cômica. Foi também um dos primeiros animês de longa-metragem da Toei, tendo o título mudado para o mesmo do épico. Leiji Matsumoto também bebeu desta fonte e em 1978 criou SF Saiyúki Star Jingar, ambientado no espaço sideral e contando a história de três guerreiros ciborgues que devem escoltar uma princesa até o centro do Universo a fim de deter uma praga de monstros espaciais. Esta série foi exibida nos Estados Unidos sob o título de Spaceketeers.



Inicialmente, Akira Toriyama planejou o Dragon Ball para ser uma versão moderna do Saiyúki. De fato, no começo, o Goku de Toriyama era muito parecido com o da lenda (super forte, voa em uma nuvem e tem um bastão mágico que estica). Mas com o tempo, a tarefa provou ser difícil e o autor decidiu tomar um rumo diferente. Buichi Terasawa (autor do mangá Cobra) também fez seu Goku em Goku - Midnight Eye. Mas os únicos pontos em comum com o original são o nome e o Nyoibô. Fora isso é uma excelente saga cyberpunk sem muita relação com o Saiyúki. Uma das versões mais recentes do Saiyúki é Gensoumaden Saiyuki, exibido em 2000, baseado no mangá de Kazuya Minekura e que conta as aventuras de quatro jovens que devem deter a ressurreição do rei dos demônios. Fez bastante sucesso com o público feminino. O épico também originou muitos games, como o Son Son, um dos primeiros grandes sucessos da Capcom. Goku também aparece como personagem escondido no jogo World Heroes Perfect, um torneio entre os grandes personagens da história do mundo. Em 1978, foi feita uma versão em live-action do Saiyúki pela NTV para comemorar os 25 anos da emissora. Foi orçada em um bilhão de ienes, com locações na China e no Tibet. Os efeitos especiais ficaram por conta da Tsuburaya, a produtora da Família Ultra. Essa série fez grande sucesso e foi exibida em vários países além do Japão, como Grã Bretanha, Austrália e África do Sul, sob o título de Monkey ou Monkey Magic.



Os feitos de Goku são encenados em peças de teatro no Japão e na China até hoje e o Saiyúki continua (e provavelmente continuará) sendo a fonte de inspiração para vários animês, mangás e games.

eu vi no: Anime Nostalgia!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Entre no Mundo do Karuta

Karuta, é um jogo originalmente japonês onde cartas com poemas de famosos filósofos e poetas japoneses são embaralhadas e viradas de cabeça para baixo formando uma espécie de jogo da memória. Um orador conta os poemas, a pessoa que encontrar primeiro a carta ditada pelo orador marca o ponto. Agora vamos para as modalidades...


Uta-Garuta e Isshu Hyakunin



O Uta Garuta é um modo de se jogar em que 100 poemas são escritos nas cartas, divididas em 2 conjuntos. Os jogadores devem decorar os poemas e pega-las rapidamente no jogo, terminando de recitá-las.

Já o Isshu Hyakunin é um subgênero do Uta Garuta, mais popular. Foi criado no século 13 por Fujiwara no Teika, onde há 100 poemas, cada um escrito por um poeta famoso.

Para se jogar o Uta-Garuta,não é preciso necessariamente recitar o final, basta achar a carta certa.



Esse é a modalidade mais conhecida, vemos ela em escolas, até mesmo em animes.

Iroha Karuta

É um modo mais fácil de se jogar, geralmente voltado para crianças. É semelhante ao Uta-Garuta e Isshu Hyakuin. É composto por 48 provérbios, cada uma começando com uma sílaba diferente, tendo um outro baralho expressando o tal provérbio por meio de imagens.

Ainda há três variantes, Iroha Garuta; Kamigata Iroha, Edo Iroha e Owari Iroha.



Jomo Karuta

Este aqui apresenta a história e locais da prefeitura de Gunma.



Obake Karuta


Esta modalidade foi criada no período Edo e ficou popular entre 1910 e 1920. Cada carta do baralho apresenta um sílabario em hiragana e uma criatura da mitologia japonesa, sendo que o seu nome significa justamente isso - Cartões Fantasmas. O jogo exige que os jogadores saibam sobre mitologia e folclore, tendo que achar as cartas correspondentes lidas pelo o arbitro.

O jogo nos mostra o fascínio que os japonesas tem por sua mitologia, tendo o jogo inspirado obras como: Yu-Gi-Oh!, Pokemon, Digimon, entre outros.



As Competições:



O Uta-garuta e Isshu Hyakunin é o estilo mais popular e o que geralmente vemos em competições profissionais. Para nós, ver um jogo deste parece ser um tanto quanto estranho, mas com certeza para os jogadores é excitante.

Inicialmente vemos os 2 jogadores e adversários se apresentarem, de quimono ou hakama, eles fazem uma referência aos juíz e depois para o desafiante. São colocadas as cartas no tatami. Tudo está quieto; gélido. As pessoas parecem estátuas vivas, que mal se mechem.

Inicialmente o juíz começa recitando um poema de abertura, o silêncio entre as outras pessoas ainda toma conta. Mas eis que um susto! Uma sílaba dita diferente e vemos movimentos bruscos dos jogadores e até pequenos "urros" da pláteia. A pessoa que acertou a carta, marca um ponto e logo tudo volta ao que era antes. Todos como estátuas humanas

Fonte: Otaku Louco