quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Lendas Japonesas: A Mulher da boca rasgada.


Onde começou


A lenda da Kuchisake Onna nasceu entre os anos de 1978 e 79 e se propagou rapidamente pelo Japão. Tamanha fora sua repercussão que em alguns estados ocorreram incidentes relacionados a ela.

Em 2004 a lenda alcançou até mesmo a Coréia.

Há quem diga que o estado que originou a lenda foi Gifu, outros que foi Aichi, mas existe uma terceira tese de que tudo tenha começado em Shiga, na cidade de Shigaraki.
A Lenda


Muito bem, chegando até aqui você deve estar se perguntando "mas como é essa tal lenda, afinal de contas?". Bem, segundo contam, uma mulher trajada em vestes vermelhas como sangue e usando uma máscara (semelhante àquelas que as pessoas usaram na época em que a Gripe Suína estava mais "em alta") aparece na rua no horário em que as crianças estão voltando da escola e, simplesmente as aborda, perguntando "Eu sou bonita?". Se a criança responde que "sim" ela tira a máscara e pergunta "Mesmo assim?", revelando sua boca deformada, rasgada de orelha a orelha. Se a criança responde "não", ela mata a criança, esfaqueando-a (ou, dependendo da região, conta-se que ela usa uma foice para rasgar a boca de sua vítima).

Na Coréia, a lenda diz que 3 moças aparecem nas portas das casas durante noites de tempestades de neve e perguntam "Qual das três é mais bonita?". Se a pessoa escolhe uma, é morta pelas outras duas. Todas as três têm bocas rasgadas.
 
Como a lenda nasceu


Há várias suposições de como essa lenda possa ter nascido.
Uns dizem até que ela originou-se em verdade na Coréia e passou a ser contada tempos depois no Japão através de imigrantes.

Mas entre os que defendem que a lenda tenha nascido no Japão, alguns dizem que a Kuchisake onna nasceu através de outras lendas, que foram se modificando até adotar as características atuais.

Outras dizem que ela foi uma fugitiva de um hospício em Gifu, na década de 70. Segundo essa teoria, uma interna do hospício da cidade de Ogaki escapava de noite e saía pela rua com a metade inferior do rosto totalmente pintada de batom, assustando algumas pessoas com quem esbarrava pelas ruas. Entretanto, no anos 90 a hipótese de que a moça fosse interna de hospícios foi praticamente desmentida, e a nova teoria seria a de que a origem da lenda tivesse algo haver com erros médicos em clínicas cirúrgicas.

Dezenas de suposições à parte, um ponto todas possuem em comum: a de que o estado em que a lenda se originou seja Gifu.

Entretanto, em livros relacionados ao folclore japonês, uma terceira teoria é levantada. Nela, contam que uma moça de Shigaraki (Shiga) chamada Otsuya foi a "modelo" do que mais tarde viria a ser a Kuchi-sake onna. Ela foi vista certa noite com uma cenoura em formato de lua minguante na boca (o que de longe teria parecido uma boca anormalmente grande, ou nesse caso, rasgada) e um boneco de cêra em mãos praticando um ritual e, à partir daí, pessoas passaram a contar o que alguns anos mais tarde seria a lenda como é contada até hoje.

Métodos para escapar da Kuchisake onna

Existem várias maneiras. Segue abaixo as mais contadas:

~ Por objetos ~

- A Kuchisake onna adora Bekkouame (uma bala feita basicamente de açúcar queimado, semelhante ao caramelo quando endurece). Se a vítima atirar-lhe esta bala, ela esquece de atacar e dedica-se apenas a saboreá-la, o que dá a brecha para que possa fugir.
- Mostrar Tofu a faz fugir.
- Mostrar ou atirar pomada nela a repele.


~ Por palavras ~

- Quando ela lhe perguntar "Eu sou bonita?" diga "mais ou menos". Enquanto ela avalia o quão bonita significa essa resposta a pessoa pode fugir.

- Dizer 'ninniku, ninniku' (alho alho).

- Gritar três vezes 'pomada!'.

- Escrever 'inu' (cachorro) na palma da mão e mostrar a ela a repele. Ou então, dizer duas vezes 'o cachorro vem aí'.

Se você achou que essa história toda de Kuchisake onna é só mais uma besteira escolar que crianças inventam, pense duas vezes.

Em Fukushima, carros de patrulha foram chamados diversas vezes por pessoas que, amedrontadas, diziam ter avistado a Kuchisake onna. Naturalmente, ao chegarem no local, os policiais não encontravam nada e perdiam tempo à toa. Em Hokkaidou o medo das crianças era tão grande que elas só voltavam para casa em grupos organizados. E, no país todo, crianças eram detidas na diretoria por levarem as balas de caramelo escondidas nos bolsos (no Japão é expressamente proibido levar doces e mais uma pequena lista quilométrica de objetos à escola por conta própria).
 
Eu vi isso no http://medob.blogspot.com/2010/04/lendas-japonesas-mulher-da-boca-rasgada.html
 
Ate o proximo Post Bye Bye!

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